É a vida

Já fomos duas vezes ao Mussulo. Para quem não sabe do que se trata, é uma pení­nsula estreita e comprida situada alguns quilómetros a sul de Luanda.

Jantei com o J. e alguns outros kotas. Espero que a palavra, de origem angolana, não tenha para eles qualquer significado pejorativo; para mim expressa apenas respeito pela sua maior experiência.

Luanda tem uma cara diferente de dia, como uma mulher bonita que nos apresentam num bar e com quem acordamos de manhã sem ter tido tempo para a conhecer bem.

A agência mudou-se recentemente para novas instalações, construí­das de raiz perto da praía da Independência, com vista para a bancada onde as personalidades do regime assistem aos desfiles e comí­cios importantes.

Assisti ao Benfica-Boavista durante o jantar. Boas notí­cias: os jogos importantes passam quase todos cá em Angola.

Quando esta noite cheguei a casa dos meus pais para jantar, depois de finalmente ter conseguido levantar o visto para Angola, a última coisa que esperava era encontrar toda a famí­lia à minha espera. Tinham preparado para mim e para a Lu uma festa-surpresa que, ainda por cima, foi mesmo surpresa.