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Mussulo

    Já fomos duas vezes ao Mussulo. Para quem não sabe do que se trata, é uma pení­nsula estreita e comprida situada alguns quilómetros a sul de Luanda. Uma das suas margens está virada para o continente, formando uma baí­a de mais de trinta quilómetros de comprimento. A outra margem, a contra-costa, batida por ondas suaves, abre-se para as águas quentes do Atlântico.

    Da primeira vez fomos com o L. e a famí­lia, e com um grupo de amigos deles, todos portugueses a trabalhar mais ou menos permanentemente em Angola. Deixámos o carro estacionado no clube náutico militar e atravessámos a baí­a no barco do F., um desses amigos.

    Ficámos na "lí­ngua", nome que dão à  extremidade da pení­nsula. É uma zona quase deserta, sem qualquer tipo de infra-estrutura. Apenas areia, sol e mar. Passámos o dia enfiados dentro de água, tentando fugir ao calor abrasador.

    Na segunda visita ao Mussulo já fomos sozinhos e levámos a Sharon. O carro ficou guardado no mesmo sí­tio e procurámos um barqueiro local para nos levar para a "lí­ngua".

    A travessia não é nada barata: ida e volta, mil kuanzas por pessoa, cerca de dez euros. Mas valeu a pena – levámos chapéu de sol e uma geleira com sanduí­ches e bebidas frescas, e um saco térmico cheio de gelo, e passámos um dia sossegadí­ssimo, a ler, conversar, tomar banho e brincar com a cadela.

    A praia do lado da baí­a estava bastante suja, com resí­duos e lixo variado arrastado pelas águas; latas, garrafas, madeiras, sapatos, etc. Mas do lado oceânico a água faz lembrar Montegordo em dia de levante: turva, quente e batida por uma ondulação forte.

    Os meninos teriam adorado passar o dia aqui.

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