Segunda feira í noite houve uma tempestade enorme sobre Luanda. Não choveu muito, mas os relâmpagos sucediam-se com tanta frequência que o céu chegava a ficar completamente branco. Era impossível associar um relâmpago a um trovão específico, tão rápida era a sua sequência. Eu e a Lu tínhamos combinado ir jantar fora – era Dia dos Namorados – mas acabámos por nos deixar ficar por casa, deitados na cama, com as cortinas da janela corridas, a ver a luz dos relâmpagos a iluminar as paredes do nosso quarto. Foi mais romântico do que qualquer jantar de restaurante.