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“Qualquer trabalho para o qual não estejamos a ser pagos deve ser nosso e só nosso” — John August

    “Qualquer trabalho para o qual não estejamos a ser pagos deve ser nosso e só nosso” — John August

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    2 comentários em ““Qualquer trabalho para o qual não estejamos a ser pagos deve ser nosso e só nosso” — John August”

    1. Olá João,

      Depende. Podemos escrever por prazer, mas se não somos pagos por isso, não podemos considerar tal como uma profissão e, se queremos ser considerados como profissionais, então na minha opinião e respondendo ao título do post: não.

      Pode e deve existir borlas e “pro-bonos” como em qualquer actividade, mas o que se passa é que invocando o amor à arte de um artista, seja ele escritor, actor, músico, etc, as borlas passam a aproveitamento e os artistas, vistos infelizmente tantas vezes como tendo uma profissão secundária, são frequentemente chulados.

      Não tou a ver um funcíonário público, um professor, um advogado, um médico, um político, um pedreiro, um padeiro, etc etc etc.. a trabalhar de borla. Então por que raios deveriam os escritores fazê-lo? Mais, acredito que há uma correlação entre as borlas que os artistas têm dado ao longo de anos e anos (fazendo nobremente uma perninha aqui, tapando gentilmente um buraco ali), e a falta de credibilidade e respeito pelas profissões artísticas. O amor à arte por vezes não joga a favor, a longo prazo.

      Este post faz-me lembrar 3 coisas:
      1ª A velha questão de ensinar a pescar em vez de dar um peixe todos os dias;
      2ª A greve dos argumentistas nos EUA;
      3ª A necessidade de união em Portugal dos guionistas/argumentistas sobre a qual já se escreveu aqui e sobre a qual já trocámos impressões.

      Grande Abraço!
      Ricardo Torrão

      1. Ricardo, uma das principais razões para não escrever de graça é que os produtores, regra geral, não dão o devido valor aos trabalhos pelos quais não tiveram de pagar qualquer coisa. Como não são um investimento acabam por ser empurrados para trás por outras prioridades – nomeadamente, os guiões pelos quais tiveram de pagar.

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