No voo para cá, num desconfortável Airbus da Lufthansa, tive tempo para ler tudo o que os jornais do dia publicavam sobre o caso OTA/Alcochete, e pensar um pouco sobre o assunto.
Ao aceitar considerar Alcochete na equação o governo deu prova de alguma flexibilidade, mas sobretudo demonstrou um falha incompreensível em todo o processo até ao momento. Se Alcochete aparenta ter tantas vantagens, como é que não tinha sido considerada até ao momento? É como se os nossos dirigentes tivessem passado não sei quantos anos a tentar decidir o que era melhor, um pontapé no queixo ou um pontapé nos testículos; e agora aparecesse alguém a sugerir que uma massagem shiatsu talvez fosse preferível a qualquer uma dessa opções.
Fica no ar outra dúvida: será que não há outras localizações ainda melhores que, por motivos igualmente incompreensíveis, estejam a ser deixadas de fora?