O mercado informal, como a Lu lhe chama, é um dos principais motores do comércio local. Segundo me dizem, está nas mãos de comerciantes paquistaneses e libaneses que importam os produtos do sudoeste asiático e os distribuem a partir de armazéns situados na periferia. A qualquer hora do dia enxames de vendedores de rua cercam os carros nos cruzamentos, oferecendo os produtos mais díspares e inesperados. Antigamente vendia-se de tudo, desde mobília de sala a televisores e electrodomésticos. Mas ao que parece a fiscalizaíão económica tem vindo a apertar e hoje limitam-se a produtos que não atrapalhem as fugas de emergência. Mesmo assim, hoje, depois do almoío, no meu trajecto entre a casa e a agência, poderia ter comprado lâmpadas, pilhas, pão, água, refrigerantes, porta-chaves, capas para fatos, macacos hidráulicos, chaves de cruzes, bolsas, sandálias e sapatos, pastilhas elásticas, bolachas, calculadoras e rádios, coberturas de volantes, jogos de xadrez, fichas eléctricas, um tapete de sala, cd’s e dvd’s variados e formas para gelo. É como andar num hipermercado ao ar livre, percorrendo as ruas sentados dentro de um carrinho de compras.