Um hábito desagradável que os angolanos (ou, pelo menos, os luandenses) têm é o de urinar para onde estão virados. Quando a necessidade aperta, independentemente de onde estão ou de que horas sejam, sacam do instrumento e aliviam-se.
É verdade que todos nós, num momento de pressão e desespero, já fizemos isto – de algum lado vem o ditado “quando mija um português…”. Mas normalmente é à noite, depois de uns copos a mais, e sempre aproveitando o escuro de uma viela ou a protecção de uma árvore. Aqui, não. Se for à hora de ponta, na avenida mais movimentada da cidade, e calhar estarem virados para o trânsito, é nessa direcção que a arma dispara.
Acho que vou começar a fazer um estudo científico de formas e dimensões – já sei que todos os dias terei dois ou três espécimes novos para analisar.