Os Filhos do Rock é uma série de ficção televisiva portuguesa, que a RTP está a transmitir aos sábados. O autor e realizador é o meu amigo Pedro Varela, mas estiveram envolvidos vários guionistas na escrita dos 13 episódios. Tive o gosto de escrever o oitavo, que estreou no último fim de semana.
Os Filhos do Rock retratam, em registo de “ascensão e queda”, a história de uma banda de rock fictícia – Os Barões – durante o boom inicial do rock português, no começo dos anos 80. Foram anos muito animados para a indústria discográfica nacional; anos em que músicos como os Xutos, Rui Veloso e os GNR mostraram que era possível adaptar a língua portuguesas aos ritmos e métricas do rock.
O mais engraçado da série é que mistura músicos e bandas verdadeiras, como Jorge Palma, os UHF e os nomes acima referidos, com personagens ficcionais como os membros da banda ou o radialista Xavier (este fortemente inspirado pelo saudoso António Sérgio).
A série pode ser vista em estreia aos sábados à noite, nos canais da RTP (incluindo a RTP Internacional), ou pode ser vista online a qualquer hora nesta página do RTP Play online. O meu episódio é o nº 8, e chama-se Até Sempre.
Como sei que gostam disso, podem fazer aqui o download do guião desse episódio:
Acho que comparar as páginas escritas com as cenas que finalmente chegaram ao episódio transmitido é um exercício muito útil e em que se pode aprender muita coisa, tanto sobre a escrita em si como sobre a realidade do processo de produção.
Por exemplo, é sempre fascinante tentar imaginar as razões para as diferenças entre as cenas no papel e na tela: será que não houve tempo para incluir uma certa cena na edição final? E aquela outra cena, será que ficou melhor com menos diálogos? Outra ainda – não houve dinheiro para filmá-la como foi escrita? Ou foi filmada mas os actores ficaram tão mal que foi preciso cortá-los? Só quem acompanhou o processo de produção tem resposta para estas questões.
Baixe o guião aqui o guião e compare com o episódio aqui. Toca a rockar.
Muito obrigado por ter disponibilizado o guião do seu episódio! Tenho acompanhado a série e tenho de dizer que estou realmente entusiasmado com a recetividade por parte da RTP em apostar em conteúdos novos e mais ambiciosos. O formato manifestamente mais rápido/aligeirado de apresentar o enredo e as suas ligações deu-me imensa curiosidade em espreitar o guião, e graças a si isso é possível.
Obrigado mais uma vez.
Encontrei este sítio por acaso numa pesquisa feita através do “Google” quando inderia “Filhos do Rock”. Fiquei supreso e ao mesmo tempo agradado por um dos autores de um episódio ter disponibilizado o guião de um dos episódios desta série. Aliás pensava que todos os episódios tinham sido escritos pelo Pedro Varela. É muito interessante pois tenho seguido com muita atenção a série e vi episódio em concreto denominado “A Catedral”. Vou rever agora o episódio mas com o guião à frente e tentar perceber as diferenças entre a ideia original e o produto final exibido. Logo à partida o episódio em refeência foi o nono ao contrário do que aparece no guião que foi o oitavo. Uma das questões que desde logo se me levantou foi o título deste episódio, pois o Rock Rendez-Vous foi aqui apelidado de “Catedral” embora esse cognome esteve muito tempo associado ao mítico Pavilhão do Dramático Clube de Cascais. Tenho dado a minha opinião sobre esta série na sua página do facebook e relativamente a este episódio houve alguns aspectos a merecerem reparo, mas que não tem a ver com a escrita mas certamente com a produção.
Rock On!
Boa tarde.
O garrafa não deveria ter morrido!!
Pessoalmente não gostei,poderiam ter dado outro final ao garrafa…
Porque a morte do garrafa???
Cumprimentos
A morte do Garrafa tinha de acontecer. Ou então assistiríamos a um final ainda mais trágico para os Barões! O Garrafa, com o problema na mão, nunca mais poderia tocar e, assim os Barões, que já não estavam bem, acabariam da pior maneira (E o que iria fazer o garrafa da vida?? Era o que percebia menos de música e sem a bateria ele nunca iria ser feliz). A morte dele também foi a única saída para resolver alguns problemas, como o de João Pedro, que estava a morrer aos poucos. Assim, a morte da personagem com o coração no lugar certo serviu como mártir para mudar as coisas (para melhor). Reparem que assim, cada um seguiu o seu caminho, vivendo a vida da maneira que eram felizes, sem ressentimentos e com uma amizade verdadeira. Os barões permaneceram na alma e no coração das pessoas que estiveram sempre com eles. Esta banda serve de metáfora para tantas outras que naquela altura acabaram de maneira precoce (poucas sobreviveram)!
Foi triste o Garrafa ter morrido…
Também concordo. Era o meu personagem favorito.
Adorei a serie pena ter acabado,deveriam fazer mais series deste tipo .
Obrigado, também gostei de a escrever.
Isto foi mesmo uma história real
Quero ver outra vez…