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Lee Hall sobre a escrita do guião de “Billy Elliot”.

    O TimesOnline publicou uma série de depoimentos de guionistas ingleses sobre o processo de escrita de filmes tão diversos como "Shakespeare in love" ou "Trainspotting". Um desses depoimentos é de Lee Hall, cujo primeiro guião deu origem ao aclamado filme "Billy Elliot".

    Vale a pena ler os cinco artigos (que correspondem à oferta dos cinco guiões com o jornal) mas destaco aqui um parágrafo do texto de Lee Hall, porque é uma coisa que eu sempre digo aos guionistas estreantes e aos alunos dos workshops que tenho dado:

    "O cinema é muito colaborativo; temos de ter uma boa relação com o realizador e com os actores. Escrevemos um guião e depois ele transforma-se noutra coisa com o realizador, e ainda noutra coisa completamente diferente no chão da sala de montagem. Temos de nos preparar para isso. Se vimos de uma cultura literária em que a palavra é sacrossanta vamos ficar chocados. No teatro, se uma linha for cortada, o dramaturgo pode travar a produção. No cinema, o contrato do guionista especifica literalmente que qualquer das nossas palavras pode ser alterada "perpetuamente e em media ainda não inventados". Não devemos tornar-nos guionistas se não formos capazes de viver com o desapontamento. Compromissos são necessários. Se o nosso ego não o suportar – e acreditem-me, é horrível – então devemos escrever romances, ou poesia. Por vezes temos de nos livrar de personagens, ou de enredos completos. O guião é apenas uma base de trabalho".

    1 comentário em “Lee Hall sobre a escrita do guião de “Billy Elliot”.”

    1. Do mundo cinematográfico o que intriga, e em certa medida apaixona qualquer atento ao mundo em constante mudança e ebolição é efectivamente criar personagens, estabelecer uma relação ou conflito entre elas e procurar dar um sentido e significado para a sua existência. Após consumir cinema anos a fio, de repente apoderou-se de mim uma paixão em pegar num papel e procurar o significado para muitas situações que vagueiam na mente através desta forma. Não só a criação destas inspiradas num texto narrativo, em que os diálogos são evidentes, a sua relação com a música, vestuário e cores predominantes.
      Não adiantarei mais a intenção com que escrevo este desabafo. Porém, se for receptivo ao envio da minha parte em guiões que possam ser tratados por responsáveis, estarei receptivo.

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