Meu pai me chama Quim. Minha mãe Quim também. Meus amigos assim mesmo. Mas meu nome de veras é Filhomeu Botaquim. Nome mais estranho que quaisquer estranhamentes que você já tenha ouvido. Perguntei ao kota meu pai a razão de tal coisa, que mal lhe fizera eu, acabado de nascer, para merecer palavrão assim que não se chama nem a um inimigo.
“Não foi culpa minha, filho, acredita em seu velho. Foi no registo, o branco do registo. O filho da puta do branco resolveu hostilizar-me. Perguntou: você é mesmo o pai? Sou mesmo. Como vai chamar ao puto? Pensei, pensei e respondi: é filho meu, bota Quim. E Filhomeu Botaquim ficaste”.
Filhomeu Botaquim. Mas chama-me Quim, pode ser?