O D. e a M. convidaram-me ontem para conhecer um pequeno restaurante na Chicala, a que chamam “os caboverdeanos”.
É um pátio pequeno, atafulhado de mesas e cadeiras de plástico, cheio de gente, onde se comem petiscos, bebe cerveja e, ao fim de semana, ouve-se música caboverdeana ao vivo. Alguns kotas mais afoitos também dão uns passinhos de dança com as suas damas, mas a maior parte das pessoas está ali para ouvir o tio Jorge e os seus músicos.
E estes , animados pelos aplausos e incitamentos da audiência, lá vão correspondendo ás expectativas, com um repertório de música tradicional, instrumental e cantada, de muito bom nível.
Segundo me disseram o espaço é uma espécie de associação informal dos caboverdeanos radicados em Luanda, mas a audiência tinha pessoas de várias nacionalidades – angolanos, ingleses e bastantes portugueses.
Tenho pena de não ter descoberto este lugar enquanto a Lu estava cá. Fomos comer muitas vezes ali perto, ao vietnamita, mas nunca imaginámos que a dois passos de nós a cadência dolente das mornas aquecia a noite tropical.