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Dez coisas a rever num argumento antes de o apresentar

    Um artigo do produtor Ted Hope foi recentemente citado em vários blogues de escrita de argumento. O autor reunia nele uma lista de tarefas a levar a cabo antes de apresentar um novo argumento a qualquer leitor externo.

    Não sendo extraordinário ou profundamente inovador contém contudo algumas ideias interessantes que pode aplicar no seu próximo argumento.

    O artigo original está em inglês, mas fica aqui um resumo dessas dez tarefas:

    1. Cortar sempre mais 10% do argumento.
    2. Clarificar os temas do argumento e a forma como evoluem ao longo da narrativa.
    3. Pensar em formas de expandir a estória para outras plataformas.
    4. Conhecer os precedentes históricos do nosso argumento e como ele difere dos anteriores.
    5. Rever o argumento do ponto de vista de cada um dos personagens.
    6. Reconhecer e proteger alguns mistérios do argumento – nem tudo deve ser explicado.
    7. Saber se estamos realmente habilitados a contar esta estória neste momento.
    8. Tornar o argumento provocador, intrigante, audacioso ou estimulante.
    9. Ter a certeza de que não é só mais uma boa estória bem contada. Ser ambicioso com o objetivo do argumento.

    Achei particularmente útil uma última recomendação: respeitar o tempo de quem vai ler o nosso argumento, dando-lhe algo que realmente vale a pena ser lido.

    Vale a pena ler o artigo completo como um complemento para o meu eBook grátis sobre a reescrita de argumento.

    Pode encontra o artigo de Ted Hope aqui.

    2 comentários em “Dez coisas a rever num argumento antes de o apresentar”

    1. “Saber se esta­mos real­mente habi­li­ta­dos a con­tar esta estó­ria neste momento.”

      Considero essa uma das mais importantes, principalmente para iniciantes. É comum que a ambição acabe nos cegando neste ponto. Eu tenho diversos projetos engavetados por isso. Não me acho capaz de contar histórias que exigem certos conhecimentos que exigem muita pesquisa.

      Ótimo post.

      1. Há um mantra de guionistas que diz assim: “Write what you know“, “escreve o que sabes“. Eu, pessoalmente, prefiro o inverso: “sabe do que escreves“.
        Acredito que qualquer guionista/roteirista pode estudar e pesquisar o suficiente sobre um determinado assunto, profissão, universo, para escrever uma estória baseada nele. A única questão é estar suficientemente apaixonado por esse tema para se dedicar a ele o tempo necessário.
        Por exemplo, J. Michael Straczynski, o autor de A Troca, que Clint Eastwood dirigiu, passou mais de um ano a visitar diariamente os arquivos do tribunal de Los Angeles para colher a informação que depois usou no guião. Isso só aconteceu porque ele estava completamente envolvido com essa estória. Teve uma recompensa muito saborosa para o seu esforço – Clint Eastwood dirigiu o filme tal e qual ele o escreveu, sem mudar uma vírgula.

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