"Up in the air" é um dos filmes que aguardo com mais expetativa, por ser co-escrito e realizado por Jason Reitman, realizador de "Juno", que é um dos meus filmes recentes favoritos.
O outro co-autor do guião é Sheldon Turner, um jovem argumentista já com alguns créditos, que em entrevista à "Creative Screenwriting" de Nov/Dez 2009 dá um conselho que vale ouro.
"Acredito no que Robert Rodriguez disse acerca de "expurgar os maus guiões de dentro de nós," diz Reitman, "porque temos mesmo de escrever umas centenas de páginas de 'horrível' antes de chegarmos sequer ao 'mau' e depois finalmente ao 'bom'. Eu escrevi uma má comédia, escrevi um mau thriller – escrevi quatro ou cinco maus guiões que foram a minha escola de escrita. Foram 400 ou 500 páginas que expulsei do meu sistema antes de conseguir sequer articular alguma coisa interessante." – Denis Sheldon
Infelizmente, a maior parte dos argumentistas principiantes não tem esta humildade e encaixa num de dois campos: ou desistem dos 'maus guiões' antes de chegar ao fim; ou chegam ao fim mas continuam a achar que eles são excelentes.
A minha sugestão está, pois, em linha com estes conselhos de Sheldon Turner. Aproveitem o desafio do ano para expulsar o guião que está escondido dentro de vós. Se o resultado for mau, o esforço vale pela prática; se for bom, valerá por si mesmo.
Este é o roteiro que o diretor Jason Reitman queria, mas não conseguiu, roubar o crédito do roteirista.
Caro Antunes,
por curiosidade, pode dar-nos as fontes de onde tirou essa informação? Gostaria de saber um pouco mais sobre essa história, dado que no artigo que mencionei não há qualquer referência a esse conflito. Obrigado desde já.
Veja se abre o link aí do Blog do Marés:
http://roteironews.blogspot.com/2010/01/roteirista-teve-que-brigar-por-credito.html
Obrigado,
vou ler com atenção. A propósito, o guião foi o vencedor de melhor argumentos nos Globos de Ouro deste fim de semana.