Avançar para o conteúdo

Donde vêm as marcas ficcionais das estórias?

    Já pensou como nascem as marcas fictícias que aparecem nos filmes e séries de televisão? Marcas de empresas como a famosa ACME, que fornecia todas as geringonças que o Coiote usava para tentar apanhar o Bip Bip (Papa-Léguas no Brasil).

    Um estudioso italiano teve a mesma dúvida, mas não se ficou por aí.

    Numa Tese de Mestrado em Design de Comunicação, desenvolvida para o Politécnico de Milão, o investigador Lorenzo Bernini fez um apanhado de marcas ficcionais que surgem em narrativas audiovisuais de várias origens: O Fictional Brands Archive (Arquivo das Marcas Ficcionais).

    É aí que podemos encontrar os vários exemplos de aplicação da marca Cyberdyne Systems na saga Terminator; recordar a popularidade da Buzz Cola na cidade dos Simpsons; ter um grand tour do Grand Budapest Hotel; ou ver o catálogo da já referida ACME, no universo Looney Tunes (mas não só…).

    Por exemplo, sabia que a marca Oceanic Airlines (ou Airways) aparece em vários filmes e episódios de televisão (nomeadamente, e com grande proeminência, em Lost) e que isso acontece porque as estórias incluem desastres de aviação com os quais uma marca verdadeira não se quereria associar?

    Para cada uma destas marcas inventadas o autor criou uma página em que explora não apenas a sua origem e história, como mostra exemplos dos seus sistemas de identidade visual.

    O site do arquivo inclui ainda uma página de pesquisa que constitui uma introdução interessante ao design de sistemas de identidade corporativa, completada por uma história desses sistemas na ficção audiovisual.

    A criação destes sistemas de identidade visual fictícios pode ficar a cargo dos departamentos de arte dos próprios filmes ou séries de televisão, ou serem encomendados a designers externos, se o orçamento o permitir. Imagino que deve ser um desafio muito estimulante para um designer de comunicação receber um briefing do género: “Precisamos do sistema de branding completo de uma multinacional maléfica.

    Se não tem nada de mais interessante para fazer neste dia de Verão (por exemplo, comer um Big Kahuna Burger ou uma galinha frita de Los Pollos Hermanos), perca uma hora a explorar o Arquivo das Marcas Ficcionais. De quantas delas se lembrava?

    A tese apoia-se fortemente na pesquisa realizada por Aleksey Busygin, que há vários anos recolhe no seu site imagens de marcas ficcionais do audiovisual.

    Deixe um comentário

    O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.