Em frente da minha casa em Luanda há agora um pequeno café com uma esplanada limpa e pessoal simpático. Todos os sábados e domingos, pela manhã, vou lá sentar-me para tomar o pequeno-almoío e preguiíar um pouco, pondo as leituras em dia. Não é o “Pau de Canela”, da Beloura, mas é um lugar onde me sinto bem.
Hoje de manhã estava lá sentado, mergulhado na leitura de uma “Premiere” de Dezembro de 2004 (se não há revistas novas, relêm-se as antigas…) quando fui envolvido por um aroma suave, adocicado, que me arrastou de imediato para o passado. Antes mesmo de conseguir identificar o perfume olhei em redor í procura do meu pai.
Na mesa ao lado da minha um kota acendia um cachimbo, num ritual a que eu tantas vezes assisti, colocando nele a mesma seriedade e concentraíão que recordo no meu pai.Ler mais »Memórias