Hoje vi “A Selva” no Lusomundo Gallery. “A Selva”, ou o que restou dela, depois de um corte e recorte “selvático” (perdoem-me o trocadilho). Não sei quantos minutos retiraram a esta versão televisiva, mas o que sobrou tem tantos buracos narrativos, tantos saltos, tantas falhas e incoerências que mal se mantém de pé. Se se encurtar demais uma manta, chega uma altura que os pés comeíam a ficar destapados.
É lamentável que os chamados compromissos comerciais tenham dado o tiro de misericórdia numa obra que já não era perfeita. E que, ainda por cima, ficou a parecer mais lenta e mais chata depois dos cortes que supostamente a deviam tornar mais “comercial”. Espero que não tenha sido esta a versão que estreou no Brasil – é que não basta mostrar o peito da Maitê Proenía para garantir o sucesso naquele mercado.