As ações da Netflix fecharam em queda de mais de 35% na semana passada, depois da empresa ter anunciado que tinha perdido assinantes. Isso aconteceu pela primeira vez em mais de 10 anos.
A queda fez com que a Netflix perdesse mais de 50 mil milhões de dólares de valor de mercado, tendo desvalorizado 62,5% no acumulado do ano.
A Netflix avançou com várias explicações para este facto, incluindo o reforço da concorrência e o levantamento das restrições da pandemia.
Os negócios do streamer de vídeo beneficiaram muito com o aumento de assinaturas durante o período de confinamento por causa do coronavírus, em que muitas pessoas recorreram ao entretenimento digital para não enlouquecer fechadas em casa.
Com o levantamento das restrições, contudo, parece que as pessoas estão a passar menos tempo nas plataformas digitais.

A queda das ações da Netflix teve repercussões nas outras plataformas, que também sofreram reduções significativas. As ações da Disney, por exemplo, fecharam em queda de cerca de 5,5% e as da Roku, outro streamer popular nos EUA, desceram mais de 6%.
Isto deve-se possivelmente ao facto dos investidores temerem descidas de volume de negócios semelhantes às da Netflix, enquanto aguardam atualizações sobre a sua evolução real.
Resta saber o que isto vai significar para nós, autores de audiovisual.
Será que menos orçamento significará menos investimento em produção? Ou, pelo contrário, a Netflix irá investir mais em novos conteúdos como forma de combater a fuga de assinantes?
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