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Depoimento: Nuno Duarte e a escrita de “O Turno da Noite”

    Nuno Duarte é o guionista da série de animação "O Turno da Noite", que eu referi aqui recentemente. Com a sua simpatia habitual, aceitou sem hesitações estrear um novo espaço neste blogue, dedicado a ouvir os guionistas profissionais acerca do seu trabalho.

    O objectivo dos Depoimentos é dar uma "vista de dentro" sobre o processo criativo do qual nascem os guiões: a sua concepção e gestação, a escrita e rescrita, e a colaboração com os outros intervenientes no processo.

    Como poderão ver nas palavras que se seguem, acertei em cheio ao escolher o Nuno para o primeiro artigo desta série.

    A escrita de “O Turno da Noite”

    Foi com a frustração típica de quem se acaba de aperceber do status quo instalado que falei ao Carlos Fernandes, realizador de animação e amigo de longa data, numa bizarra ideia:

    ”Está aí o concurso de apoio a séries de animação do ICAM. Por uma vez gostava de apresentar qualquer coisa com que verdadeiramente me identifico e não uma encomenda qualquer!".Ler mais »Depoimento: Nuno Duarte e a escrita de “O Turno da Noite”

    close up shot of a crumpled paper

    Os cinco erros mais frequentes na escrita de um guião

      Há cinco erros que encontro com frequência nos guiões de cinema e televisão que vou lendo, e que podem ser evitados com algum cuidado. Se estiver atento a eles e procurar ultrapassá-los, seguramente os seus guiões ficarão melhores; logo, com mais probabilidade de atrair o interesse de um produtor.

      Perguntas&Respostas: Como escrever cenas de humor físico

        Eu estou a tentar fazer um portfolio, sendo que dele consta um argumento/guião para um desenho animado de curta-duração que vive muito à base do humor físico. No livro que li, o Syd Field sugere que os parágrafos descritivos devem ser curtos e que mais de 4 frases já é demasiado. Ora, se assim o fizer para as cenas de humor físico fica tudo um bocado no ar e perde metade do impacto. É isto um erro? — Tiago

        Tiago, o livro do Syd Field que refere, e que presumo ser o "Screenplay", é uma obra de 1979, muito importante em termos teóricos, que todos os guionistas ganharão em estudar. Para quem não o queira ler no inglês original, há edições brasileiras, espanholas e francesas.

        Esse livro instituiu uma série de conceitos que hoje fazem parte da terminologia dos guionistas de todo o mundo, como o paradigma dos três actos, os plot points, a frase "action is character" (a acção é o personagem), etc. O meu exemplar tem a data de Setembro de 1995 e comprei-o, entre todos os lugares,  em Los Angeles.Ler mais »Perguntas&Respostas: Como escrever cenas de humor físico